A disfarçada
Às vezes a poesia, disfarçada,
Dissimulada, vem me visitar...
E vem assim, como uma convidada
Que não precisa de convite para entrar...
E sem convite, a poesia, dada,
Como se fosse a dona do lugar,
Segura a minha mão encabulada
Fazendo o verso da mão escorregar...
Às vezes a poesia, de mansinho,
Como quem faz um carinho,
Enrosca-se na folha de papel
E deita, e dorme a poesia, assim,
Que disfarçada, às vezes chega a mim
Como uma gota de mel...
Nenhum comentário:
Postar um comentário