17.5.06

A Companheira

Às vezes a poesia, companheira,
Permanece em silencio do meu lado
Como se fosse, umas vezes, minha esteira,
Como se fosse, outras vezes, meu estrado.

Calada e ao mesmo tempo faladeira,
Fonte sem fim do meu palavreado,
A poesia, incansável conselheira,
Minha Arca do Tesouro sem cadeado...

Que outro amigo ama assim dessa maneira,
O tempo inteiro, pela vida inteira,
Integralmente e o tempo inteiro dado?

A poesia, amiga verdadeira
Como uma Guarda Costeira
Por quem eu vou, pra sempre, acompanhado...

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