22.5.10

Poema Alagoano

Ao sopro da brisa entre a Ponta Verde e a Pajuçara
Escrevo um verso de um poema alagoano...
As nuvens impedem o sol na minha cara,
A praia tenta desviar meu plano:

Um verso alagoano... E o tempo para...
O pensamento parece um aeroplano.
A praia entre a Ponta e a Pajuçara é rara,
E o verso atonito escapa, doidivano...

Um poema alagoano que eu queria
Como um brinquedo pra minha poesia,
Um verso inteiro escrito em Alagoas

Como se eu estivesse deitado numa rede
Ao sopro da brisa entre a Pajuçara e a Ponta Verde,
E que trouxesse ao coração só coisas boas...
Poema aéreo (II)
Escrito em 16 de maio de 2010 em algum lugar no céu do Brasil entre Rio e Maceió, já quase aterrisando.

Cade a rima de que eu precisava
Para escrever esse poema aéreo?
Tentei daqui de cima uma palavra
Que respeitasse esse unico critério:

Que fosse aquela de que eu necessitava...
Não era pra me levar tão a sério...
Era só uma rima o que eu buscava...
Não um império...

O comandante anuncia a aterrissagem...
Já vai chegando ao fim a minha viagem
E a rima brincando de esconde-esconde...

E escapa para longe do soneto,
Quase gorando esse ultimo terceto...
Será que essa danada foi pra onde...
Poema aéreo
Escrito em 16 de maio de 2010 em algum lugar no céu do Brasil entre Rio e Maceió.


A rima escrita daqui de cima
A centenas de quilometros do chão,
Pode até parecer a mesma rima
Mas não é não...

E pode até parecer, porque combina,
A mesma rima, escrita num avião,
Mas certamente possui mais adrenalina
E um toque especial de inspiração...

A rima escrita daqui de tanta altura
Parece um gole puro de agua pura,
Não é a rima usual do dia a dia...

A rima escrita daqui da aeronave
É mais sutil, mais sensivel, é mais suave,
E é mais propicia para a poesia...