28.9.03

O perfume
Ontem pela manhã eu tive a nítida impressão de um fim de história.
Um fim tão delicado quanto seu inicio.
E como todo fim delicado deixa um perfume, também este fim deixou um aroma suave de perfume.
Um poema?
Ah... Uma estória que começa em poesia não pode ter um fim, ainda que suposto, sem poesia...
Mas foi apenas uma impressão que não se cumpriu...
E que deixou um poema que aqui segue.


Vivi dias felizes do seu lado...
(e eu nem sonhava quando te encontrei)
Foi algo assim como um tempo encantado...
Eu era um pária e me tornei um Rei...

Olhei para um futuro iluminado
E eu quis ter o futuro que eu sonhei...
Mas o futuro passou... virou passado...
Passou... mas foi verdade o que provei...

Saboreei poesias deliciosas...
Um mar de rosas maravilhosas
Depois de tanto tempo sem carinho...

Passou. Não quis ficar. Voou, que pena,
Deixando o seu perfume em meu poema
E as marcas dos seus pés no meu caminho...

Passou. Não quis ficar. Mas o perfume
Traz o sabor suave do seu nome...
De um tempo bom quando eu não fui sozinho...

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