17.4.17

As minhas mãos

É bem aqui que eu trago a minha vida,
E onde guardo a chave da minha felicidade,
Porque toda vez que a história se faz decidida
A tentar me machucar com sua maldade

É bem aqui que me trato da ferida,
E escapo ileso de toda dificuldade:
Chuva, friagem, perda, despedida,
Desprezo, traição, falta de solidariedade...

É bem aqui que reinvento meu caminho
Sempre que o mundo me esquece sozinho
E tenta me asfixiar com tantos nãos...

É bem aqui que me guardo e perco o medo,
E quase ninguém entende o meu segredo:
A minha vida que eu trago em minhas mãos...


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