2.4.13

Autonomia

Não quero nada que eu já não possua:
Sossego, trabalho, sonho, poesia,
A certeza de que a vida continua,
Uma lerdeza que até parece a Bahia...

Não quero nada que precise vir da rua:
Pacotes, sacolas, má companhia...
A mesmice é quase sempre nua e crua,
Carecendo de detalhes de alegria...

Por isso eu não procuro feito um tonto
Bobagens e besteiras que eu encontro
Muito mais suaves por onde ando...

Por isso eu penso que eu não quero nada.
Pra mim já basta o dia, a madrugada,
E os bons amigos de vez em quando...

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