Aprisionado num leito hospitalar
Pelas amarras de uma internação,
Fico pensando estratégias de escapar,
E todas elas me respondem: não.
Inconformado, volto a tentar,
Quem sabe na próxima, coração?
Talvez na próxima, pois vale a pena arriscar,
Não nasci para viver numa prisão.
E eis que a poesia, esse pássaro indomado,
Vem visitar meu pensamento aprisionado,
E se oferece como opção,
E desde então, escrevendo poesia,
Eu me concedo a minha própria carta de alforria,
E saio a passear pela amplidão.
A poesia, escrita libertária,
Me empresta sua liberdade imaginária,
A poesia, minha libertação.
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