30.10.24

A poesia, sempre a poesia...

Aprisionado num leito hospitalar
Pelas amarras de uma internação,
Fico pensando estratégias de escapar,
E todas elas me respondem: não.

Inconformado, volto a tentar,
Quem sabe na próxima, coração?
Talvez na próxima, pois vale a pena arriscar,
Não nasci para viver numa prisão. 

E eis que a poesia, esse pássaro indomado,
Vem visitar meu pensamento aprisionado, 
E se oferece como opção,

E desde então, escrevendo poesia, 
Eu me concedo a minha própria carta de alforria,
E saio a passear pela amplidão.

A poesia, escrita libertária,
Me empresta sua liberdade imaginária,
A poesia, minha libertação.

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