12.12.13

Aborrecido

E a minha caixa postal parece em festa,
Acho que pensa que sou um milionário:
Me anuncia tudo que é porcaria que não presta,
À vista ou em dez vezes no crediário...

Será que é isso tudo o que me resta
Nesse mundo cão todo ao contrario?
Será que eu sem perceber trago na testa
Uma plaquinha onde se lê: otário?

A minha caixa postal me diz que sim.
E faz questão de provar isso pra mim
Com propagandas completamente sem sentido...

Por isso ou eu mato, ou eu morro, ou eu fujo pro mato,
Ou eu fujo pro morro, ou eu me trato,
Ou escrevo irritado um soneto aborrecido...

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