3.8.12

Desistência

Desisto de tentar compreender a espécie humana.
As vezes que tento vejo que tento em vão.
Eu devo possuir a alma insana,
A razão insana, insano o coração...

Desisto, prefiro um poema do Quintana,
Um show do Chico, um violão do João,
É muita estranha a minha espécie. E desumana.
Desisto de tentar explicação.

Espécie que se mata entre a fome africana
E a hipercolesterolemia americana
E não se define entre o marasmo e a indigestão...

Ah, pobre espécie infeliz que não me engana...
Desisto de compreende-la, doidivana,
Ah, pobre espécie em decomposição...

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