A poesia IV
A poesia, letra comezinha,
Não muita coisa além de um palavreado,
Mas com o mesmo efeito que a salsinha
Causa num belo prato de ensopado...
Nada demais. Palavra arrumadinha
Sem freio, sem portão e sem cadeado...
Pode conter um elefante, uma bimbinha,
Ou um mar todo nunca dantes navegado...
Por ser assim discreta e desregrada
Possui a força de uma enxurrada
E a delicadeza de uma brisa...
A poesia, letra abusada
Que quer ser mais que ser letra... Inconformada...
A poesia, fronteira sem divisa...
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