O som do soneto
O poema guarda o som da batucada
Plantado pelo poeta batuqeiro
Que empresta à rima a forma ritimada
Tratando a letra como um pandeiro.
E faz um baticum de voz calada,
Samba de pensamento partideiro...
Um batucar de rima cadenciada...
Cadencia, feito a de um samba do Salgueiro...
E assim, o poeta, de alma preparada,
Batuca o verso, letra improvisada,
Do jeito que faz quem samba no terreiro...
E a batucada que a mão faz, espalmada,
É a mesma que a palavra, declamada,
Revela em ritmo o verso brasileiro...
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