Saudade deveria ter um nome
Que explicasse aquela cadeira vazia,
Essa mesa de café sem uma xícara,
Um nome que não precisasse da poesia
Para explicar uma ausência
Que agora vive em nossa companhia,
Saudade deveria ter um nome,
Mas acho que nem a própria saudade aguentaria,
Por isso a gente chama só "saudade",
Dói menos assim, pra dizer a verdade
E desse modo a gente consegue suportar
A cadeira vazia, a xícara a menos,
E alguns gestos diários tão pequenos
Que somente a saudade seria capaz de lembrar...
Um comentário:
Que poema mais tocante! Você conseguiu traduzir a saudade com imagens tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundas a cadeira vazia, a xícara a menos, os pequenos gestos que só o coração reconhece. É como se a ausência ganhasse corpo nas suas palavras, e a gente sentisse junto esse silêncio cheio de lembranças. Lindo e dolorosamente verdadeiro.
Feliz dia dos pais amigo!
Fernanda
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