27.7.25

A poesia

Quando o coração acredita que vai morrer de saudade, 
Aparece a poesia em seu caminho: 
Se aquieta coração, dessa sua intensidade, 
Se aquieta, e vai vivendo a cada dia um tiquinho,
E a poesia, com empatia e com serenidade,
Vai envolvendo o coração com seu carinho,
E já aquietado, o coração, já mais sereno,
Não pensa mais em partir porque saudade,
Ao invés disso,
Revive as felicidades que recebeu no seu ninho,
As memórias de ir se tornando um pássaro de verdade,
O coração relembrando o seu caminho...
Então,
Todas as vezes em que coração acredita que vai morrer de saudade,
A poesia, como sua guardiã na eternidade,
Entra em ação, generosa e de mansinho:
Se aquieta coração de poeta, se aquieta,
E acolhe o coração, silenciosa e discreta, 
A poesia como um passarinho,
Tem sido assim a vida inteira em minha vida, 
Desde que eu era pequenininho.

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