21.8.24

A cura

Escrevo pra deixar escapar pela palavra 
O que não quer ficar preso ao coração,
Escrevo como um medicamento que me salva 
Do erro meu, da minha própria imperfeição, 

É como se a cegueira que me trava
Vivesse através da palavra outra visão,
Escrevo pra escapar dessa minha raiva,
Escrevo pra escapar da minha destruição, 

Não busco nada com meu verso, apenas 
Recriar, em forma de arte, meus problemas,
E resolvê-los através de rimas improvisadas,

Não busco nada. Talvez a cura
Do frio do coração. Da noite escura. 
Escrevo pra inventar novas risadas.

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