12.5.22

A emergência

A emergência e o corredor lotado,
O município inteiro resolveu se resfriar,
E vir ao mesmo tempo, e assustado, 
Tentando se consultar,

E aí é criança pra todo lado,
E criança que não para de chegar,
E criança que já tinha melhorado 
E volta porque começou a vomitar, 

A emergência e o corredor abarrotado 
De criança no colo de mãe de olhar cansado,
E você olha isso tudo e não pode se cansar,

A emergência e o corredor sobrecarregado, 
A emergência e esse sonetinho assustado 
Que vai lá fora tomar um ar..

4 comentários:

Dan André disse...

Ola amigo poeta, boa noite !
Gostei do soneto. Assim é a realidade dos hospitais públicos, e da vida dos profissionais de saúde.

Deixo meu abraço, e a certeza de dias melhores,
Dan

https://gagopoetico.blogspot.com/2022/05/a-mesma-alma.html

Anônimo disse...

Mesmo com a tensão do, há um instante para a poesia. Antonio Martins.

. disse...

Retrato falado. Gostei

Jeanne Geyer disse...

Um relato poético de um cotidiano sofrido. Muito bom! Também ouso fazer umas poesias. Estou te seguindo, abraços ;)
https://botecodasletras2.blogspot.com/