Papai do céu
Livrai-nos das futilidades terapêuticas,
Dos tratamentos sem nenhuma serventia,
Das decisões protocolares e antiéticas,
Da negligência, da descortesia,
Das técnicas desnecessárias e antipáticas,
Da comunicação vazia e fria,
Que engessa e banaliza as nossas práticas,
E torna turvos nosso dia a dia...
Protegei nosso bom senso da imprudência,
Nosso coração, da falta de paciência,
Livrai-nos do medo de aprender a amar,
Cuidai dos nossos dias e dos dias
Daqueles que nos estendem as mãos vazias
Como um abraço, quando já não podem dar...
Um comentário:
Você, pota, me lembra um naufrago
estendendo a mão em uma ilha. Por
que fazer isso se não há ninguém,
além dele naquele lugar? Ai eu
respondo; é porque ele – o homem –
ainda acredita.
Acredita ou tem esperança, e se
tem um dos dois é porque tem fé.
Um abraço e parabéns pela escrita.
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