Ninguém para atender. A poesia,
Por isso mesmo, vem me visitar.
Ela se sabe boa companhia,
Com ela eu gosto de conversar.
Ninguém para atender: disenteria,
Prurido, piodermite, falta de ar...
Somente a poesia ainda me espia,
Esperando a hora de poder entrar.
Ninguém para atender. Eu cá, sozinho,
Não fosse a poesia em meu caminho,
Confesso não saberia o que fazer
Nas horas aparentemente tão vazias
Das tardes quentes e das noites frias
Quando não há ninguém para atender...
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