A trajetória
I
No inicio era um sonho,
Risonho.
No inicio era um sonho
Contagiante.
No inicio era o inicio do inicio
Daquela data em diante.
Mas aquele inicio,
Como todo inicio,
Foi dificil
Como qualquer inicio.
E, como qualquer inicio,
Desafiante.
No inicio era um sonho
Medonho,
Mas era um sonho,
No inicio,
Brilhante.
II
Passados os primeiros dias
Após os primeiros planos
Colecionadas as primeiras alegrias,
Contabilizados os primeiros desenganos,
O tempo seguiu
E o que era um tiquinho cresceu
A criança, ativa,
Virou gente grande,
Adolesceu.
Depois dos primeiros dias,
Apos os primeiros danos,
Desfeitas as primeiras fantasias,
Como acontece, geralmente, com os humanos...
III
Chegaram
As primeiras chuvas
Os primeiros raios,
As primeiras perdas,
Os primeiros ventos,
As primeiras provas,
As primeiras quebras,
Os primeiros trancos
E tormentos...
IV
Depois chegaram mais tempestades:
O tempo ruim nunca vem sozinho...
Uns julgam ser fruto da fatalidade
Despertar dentro de um redemoinho...
V
No inicio era um sonho
Risonho,
Inocente,
No inicio era um grande futuro...
E as nuvens pesadas no céu
De repente
Mostrando pra gente
O tempo escuro...
VI
E uma hora as coisas começaram a ficar feias
As caixas das contas a vencer, mais cheias,
As do que havia pra receber,
Cheias de não...
E nessa hora de indefinição
Uns desistiram,
Outros nem voltaram,
Alguns se julgaram
Cobertos de razão,
Muitos mentiram,
Alguns se aproveitaram,
Uns poucos nem retornaram,
Passado o verão...
VII
Mas houve uns poucos
Que aprenderam a nadar na contra mão,
Acostumados a transformar o NÃO em SIM
E a superar, assim, qualquer senão...
Permaneceram,
Ficaram,
Não reclamaram
Nem esmoreceram,
Não desmereceram,
Lutaram,
Perderam muito
Mas não se perderam...
Seguiram, sem questionar, seu coração...
Houve esses poucos
A quem poderiamos chamar:
Superação...
Não desistiram.
Sofreram.
Não imaginem voces o quanto choraram...
Mas não perderam sua convicção...
VII
Havia muita chuva ainda por vir,
E muito atalho ainda pra pegar,
Muita luta pra não deixar a peteca cair,
Só não havia tempo pra se lamentar...
Só não havia tempo pra desistir,
Só havia uma palavra: superar...
Era preciso, na crise, prosseguir,
Na crise, era preciso se organizar...
E as vezes, no meio da calmaria,
Quando parece que acabou a ventania,
E tudo em volta parece se ajeitar,
Parece que, exatamente nesse dia,
O destino, carregado de ironia,
Arruma um jeito de atrapalhar
O resto que ainda resta de fantasia,
O força que ainda resta pra sonhar,
Traz sempre um jeito de incomodar,
E incomoda,
Como se colocasse a gente no centro da roda
E começasse a rodar,
E ai, no meio da poesia,
Tem sempre um verso que não consegue rimar...
VIII
Chega uma hora
Em que a palavra é desacreditada,
A hora em que o desespero
Faz toda gente desesperançada,
Chega uma hora
Em a história inteira parece estar contada,
E pro futuro
Uma palavra apenas reservada:
NADA...
Chega uma hora
Em que a esperança parece estar perdida,
A coisa tão sonhada, destruida,
A fé, mal construida, espatifada...
Chega uma hora
Que é uma hora
Danada...
IX
Era preciso um coração valente
Vestido de fios de luz e dor,
Um coração confiante, resistente,
Vestido de fibas de destemor,
Um coração feito completamente
De amor imenso, o mais genuino amor,
Um coração contagiante e ardente,
Era preciso um assim, desbravador,
Um coração pra conduzir a gente
Que desandava, descrente,
Como um pedaço de nada, sem sabor...
Um coração confiante e coerente,
Um coração que nunca se mostrou ausente,
Que nunca se tornou um desesrtor...
X
E hoje aqui estamos
Sobrevivemos às tempestades...
Não nos rendemos às desconfianças,
Não nos curvamos às dificuldades...
Não aderimos às desesperanças...
Não confirmamos as fatalidades...
Aqui chegamos.
Existe um sonho esperando ser sonhado.
Existe um futuro para ser construido.
Existe uma lição aprendida no passado.
E o dia apos dia para ser aprendido.
Mas cá estamos.
De alguma forma, não nos dispersamos.
De alguma maneira, não nos destruimos.
Na data de hoje nos reencontramos.
Comemoramos a alegria que sentimos
Porque de alguma forma não entregamos
A história que de algum modo construimos.
Cansados, mas felizes, aqui estamos...
Felizes, mas dispostos, assumimos...
As lutas que ate agora nós travamos
Que seja o combustivel de que necessitamos
Para crescer...
É só o inicio. Mal começamos.
É só o inicio. Aqui estamos.
Depende de nós para o resto acontecer...
XI
O reinicio de um sonho,
Risonho.
Um sonho que permanece
Contagiante.
No inicio era o inicio do inicio,
Agora o reinicio
É dessa data em diante.
E esse reinicio,
Como todo reinicio,
Não vai ser facil
Como qualquer sacrificio,
Mas, como qualquer reinicio,
Vai ser um reinicio
Desafiante.
Esse reinicio é um sonho
Medonho,
Mas é um sonho
Com reinicio
Seguramente
Brilhante.
Dedicado à minha mãe, Hilda Mussa Tavares, de coração valente, e à sua perseverança na condução acertada à frente do Colegio Anglo Campos.
I
No inicio era um sonho,
Risonho.
No inicio era um sonho
Contagiante.
No inicio era o inicio do inicio
Daquela data em diante.
Mas aquele inicio,
Como todo inicio,
Foi dificil
Como qualquer inicio.
E, como qualquer inicio,
Desafiante.
No inicio era um sonho
Medonho,
Mas era um sonho,
No inicio,
Brilhante.
II
Passados os primeiros dias
Após os primeiros planos
Colecionadas as primeiras alegrias,
Contabilizados os primeiros desenganos,
O tempo seguiu
E o que era um tiquinho cresceu
A criança, ativa,
Virou gente grande,
Adolesceu.
Depois dos primeiros dias,
Apos os primeiros danos,
Desfeitas as primeiras fantasias,
Como acontece, geralmente, com os humanos...
III
Chegaram
As primeiras chuvas
Os primeiros raios,
As primeiras perdas,
Os primeiros ventos,
As primeiras provas,
As primeiras quebras,
Os primeiros trancos
E tormentos...
IV
Depois chegaram mais tempestades:
O tempo ruim nunca vem sozinho...
Uns julgam ser fruto da fatalidade
Despertar dentro de um redemoinho...
V
No inicio era um sonho
Risonho,
Inocente,
No inicio era um grande futuro...
E as nuvens pesadas no céu
De repente
Mostrando pra gente
O tempo escuro...
VI
E uma hora as coisas começaram a ficar feias
As caixas das contas a vencer, mais cheias,
As do que havia pra receber,
Cheias de não...
E nessa hora de indefinição
Uns desistiram,
Outros nem voltaram,
Alguns se julgaram
Cobertos de razão,
Muitos mentiram,
Alguns se aproveitaram,
Uns poucos nem retornaram,
Passado o verão...
VII
Mas houve uns poucos
Que aprenderam a nadar na contra mão,
Acostumados a transformar o NÃO em SIM
E a superar, assim, qualquer senão...
Permaneceram,
Ficaram,
Não reclamaram
Nem esmoreceram,
Não desmereceram,
Lutaram,
Perderam muito
Mas não se perderam...
Seguiram, sem questionar, seu coração...
Houve esses poucos
A quem poderiamos chamar:
Superação...
Não desistiram.
Sofreram.
Não imaginem voces o quanto choraram...
Mas não perderam sua convicção...
VII
Havia muita chuva ainda por vir,
E muito atalho ainda pra pegar,
Muita luta pra não deixar a peteca cair,
Só não havia tempo pra se lamentar...
Só não havia tempo pra desistir,
Só havia uma palavra: superar...
Era preciso, na crise, prosseguir,
Na crise, era preciso se organizar...
E as vezes, no meio da calmaria,
Quando parece que acabou a ventania,
E tudo em volta parece se ajeitar,
Parece que, exatamente nesse dia,
O destino, carregado de ironia,
Arruma um jeito de atrapalhar
O resto que ainda resta de fantasia,
O força que ainda resta pra sonhar,
Traz sempre um jeito de incomodar,
E incomoda,
Como se colocasse a gente no centro da roda
E começasse a rodar,
E ai, no meio da poesia,
Tem sempre um verso que não consegue rimar...
VIII
Chega uma hora
Em que a palavra é desacreditada,
A hora em que o desespero
Faz toda gente desesperançada,
Chega uma hora
Em a história inteira parece estar contada,
E pro futuro
Uma palavra apenas reservada:
NADA...
Chega uma hora
Em que a esperança parece estar perdida,
A coisa tão sonhada, destruida,
A fé, mal construida, espatifada...
Chega uma hora
Que é uma hora
Danada...
IX
Era preciso um coração valente
Vestido de fios de luz e dor,
Um coração confiante, resistente,
Vestido de fibas de destemor,
Um coração feito completamente
De amor imenso, o mais genuino amor,
Um coração contagiante e ardente,
Era preciso um assim, desbravador,
Um coração pra conduzir a gente
Que desandava, descrente,
Como um pedaço de nada, sem sabor...
Um coração confiante e coerente,
Um coração que nunca se mostrou ausente,
Que nunca se tornou um desesrtor...
X
E hoje aqui estamos
Sobrevivemos às tempestades...
Não nos rendemos às desconfianças,
Não nos curvamos às dificuldades...
Não aderimos às desesperanças...
Não confirmamos as fatalidades...
Aqui chegamos.
Existe um sonho esperando ser sonhado.
Existe um futuro para ser construido.
Existe uma lição aprendida no passado.
E o dia apos dia para ser aprendido.
Mas cá estamos.
De alguma forma, não nos dispersamos.
De alguma maneira, não nos destruimos.
Na data de hoje nos reencontramos.
Comemoramos a alegria que sentimos
Porque de alguma forma não entregamos
A história que de algum modo construimos.
Cansados, mas felizes, aqui estamos...
Felizes, mas dispostos, assumimos...
As lutas que ate agora nós travamos
Que seja o combustivel de que necessitamos
Para crescer...
É só o inicio. Mal começamos.
É só o inicio. Aqui estamos.
Depende de nós para o resto acontecer...
XI
O reinicio de um sonho,
Risonho.
Um sonho que permanece
Contagiante.
No inicio era o inicio do inicio,
Agora o reinicio
É dessa data em diante.
E esse reinicio,
Como todo reinicio,
Não vai ser facil
Como qualquer sacrificio,
Mas, como qualquer reinicio,
Vai ser um reinicio
Desafiante.
Esse reinicio é um sonho
Medonho,
Mas é um sonho
Com reinicio
Seguramente
Brilhante.
Dedicado à minha mãe, Hilda Mussa Tavares, de coração valente, e à sua perseverança na condução acertada à frente do Colegio Anglo Campos.
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