26.11.10

A espera (o poeta)

Passei uma hora tentando, esperando,
Arrodeando o poema por uma hora e meia,
Rabiscando um verso inutil, mas tentando,
E inalcançável, como a lua cheia...

Tentando me aproximar, me arrodeando,
Como se eu fosse uma teia,
Como quem nem sabe a letra e vai cantando,
Inconsistente, como um grão de areia...

E ali, por essa mais do que uma hora,
Como um viajante que não vai embora
Mesmo sem ter a chave do portão,

Tentei o poema com fibra de insistente,
Sonhando em recebe-lo de presente,
Ou por piedade, ou sinal de gratidão...

3 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

E recebeu seu poeminha bem maneiro
Bem faceirinho como "cê" sabe fazer
Seu "sonetinho de espera" foi tão lindo...
Bem que eu queria este soneto te fazer...

debban

Sim, você é bam bam no sonetinho, doutor poetinha...

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Te esperei na Bienal...
Pensei te ver
pensei te ler te abraçar e de ouvir
Mas Bienal para meus olhos foi no blogue
E nem blogue Bienal te trouxe a mim.

kkkkkk palavrinha!!!

tutent

"Tu tente da próxima vez", ouviu? Campos merece... Camposcontinua precisando de poemas que também curam...

brunofaria disse...

Quanto vale os olhos que leem esses poemas ainda não escritos?