1.6.06

A morte

Às vezes cruel como o corte de uma espada,
Às vezes lenta, feito uma goteira,
Às vezes matematicamente calculada,
Às vezes subita, como a ratoeira,

Às vezes como coisa inadequada,
Às vezes como a carta derradeira,
Às vezes como a dor da punhalada,
Às vezes como a graça da roseira,

A morte... Quase sempre inesperada,
Como um buraco na estrada,
A polpa podre no melhor da pera...

A morte. Sempre a unica culpada...
Visita assustadora e indesejada...
Mas não podia ser de outra maneira...

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