4.7.05

A Epistaxe
Certa vez escrevi num poema feito para minha mãe:
" E desde então, quando há ventania
Eu uso o vento pra escrever poesia
E o Anjo fica sempre do meu lado..."
Dia desses fui submetido por uma crise hipertensiva que se fez acompanhar por epistaxe intensa (sangramento nasal volumoso)...
Após intervenção médica adequada a pressão se normalizou e o sangramento cedeu...
Mas, seguindo a dica do poema anterior, usei o vento pra escrever poesia...
:)

Ao colega Dr. Odilon Silva

Surge do nada, e, sem pedir licença,
Vestindo-se de rubra cachoeira,
Aos poucos vai se revelando imensa
E ameaçadora, e traiçoeira...

Registro inconfundível de uma doença,
Bajula a morte bem à sua maneira...
Sorri às custas da crise hipertensa
E chora, feito chuva carpideira...

A epistaxe. O liquido, quando escorre
É como um grito avisando: trata ou morre,
Ou estanca a vida ou estanca a hemorragia...

A epistaxe. Senha incompassiva.
Ou voce vive ou deixa que ela viva
E quem vencer escreve uma poesia...

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