14.7.04

Vozes
Para minha amiga Debora Assad

Às vezes cantam canções felizes,
Outras nem tanto,
Às vezes Cantos de Liberdade,
Outras em busca da absolvição,
Às vezes vozes que vem da boca,
Mas outras vezes, do coração.
Às vezes lentas,
Outras velozes,
As vezes meio assim:
Nem sim,
Nem não...
Às vezes saem meio preguiçosas,
Às vezes versos,
Às vezes prosas,
Às vezes pontos de interrogação...
Às vezes Carreras,
Às vezes João Gilberto,
Às vezes vozes de um cantar discreto,
As vezes de ouvir o mundo inteiro...
Às vezes vozes do interior mineiro,
Às vezes bem do Rio de Janeiro...
São como as vestes da canção as vozes...
São a maneira de Deus falar...
São o outro som do coração
E às vezes
Um jeito delicado de lutar...
Se a dor tem dias de nos visitar,
Ou se a alegria não sabe se conter,
Se a gente acorda com vontade de chorar
Ou com uma sede danada de viver,
Bastam as vozes
Como intrumento
Para o encantamento acontecer...
Vozes...
Distribuindo ao vento seus encantos...
Sem sem perceber,
Viver qualquer canção...
Do mesmo modo
Que ja dizia
Milton Nascimento:
"O que importa é ouvir a voz que vem do coração"...
Vozes
Veladas
Veludosas
Vozes
Tomem estes versos
Por gratidão...

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