17.9.02

A Tempestade
(Na madrugada de 7 de setembro, do apartamento na Praia do Flamengo, eu pude observar o Rio amanhecendo sob forte temporal...)

Da janela do apartamento,
Protegido,
Eu pude observar o temporal.
Eram rajadas de um vento
Ensandecido...
A Natureza em seu Carnaval:
Raios cruzando o céu a todo instante,
A chuva em sua força impressionante,
Os estrondos do trovão...
O apartamento me protegia
E, enquanto eu observava a ventania,
Quem protegia o meu coração
Da chuva forte da indiferença,
Da trovoada da intolerancia,
Da ventania da solidão?
De tantos raios da inimizade,
E dos destroços da iniqüidade,
Das tempestades de Não?
Da janela, protegido, eu vi o tempo
Como se fosse um tormento...
Como se fosse um tufão...
Talvez, por me encontrar tão protegido,
Por isso é que eu nem tenha percebido
O coração assustado e contraido
Clamando por proteção..

Nenhum comentário: