Eu só queria inventar uma poesia...
Há alguns dias fui apresentado à poesia de Manoel de Barros pela minha irmã, o meu amor...
Pouco tempo depois encontrei em uma livraria um volume seu:
“Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo”.
Há nele um poema chamado “Infantil”
E no poema um menino que diz:
“Eu só queria inventar uma poesia”
Bom dia, Manoel, bom dia...
Conheci há pouco tempo
A tua palavra na tua poesia...
E fui tomado de um encantamento
E de uma certa dosagem de euforia...
Ínfimo
Em seu ritmo,
Teu verso é como uma canção antiga...
Máximo
Em sentido,
É todo feito de matéria viva...
Talvez
Por eu também olhar as pequenices
Das coisas que outros chamam de bobices,
Ou por tratar miudezas e detalhes
Como se fossem os quartos de Versalhes,
Como se fossem, pra mim, o oxigênio,
É que eu gostei do teu poema ameno...
E dei de ficar com ele, coisa minha...
Vivi estórias da Carochinha
Enquanto lia
A tua palavra, sã sabedoria...
Bom dia, Manoel, bom dia...
Faz tão bem pouco tempo, e nem parece
Que a gente nem se conhece...
Desculpa-me o abuso e a ousadia...
“Eu só queria inventar uma poesia...”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário