Eu sempre quis fazer um poema inacabado,
Mas nunca soube por onde começar,
Por qual verso nunca dantes terminado,
Eu sempre quis escrever sem terminar,
Confesso que desde então tenho tentado,
Mas pobre de mim, porque não basta tentar,
É preciso escrever um verso desfalcado,
Um soneto impossível de se completar,
Mas a poesia nessas horas me ignora,
Observa meu soneto lá de fora,
E vai me entregando palavras de improviso,
E o poema inacabado que eu buscava,
Vai se escondendo, encabulado, na palavra,
Até ir-se embora, sem deixar aviso...
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