14.4.23

Treze de Abril

Há 39 anos, na data de hoje,  meu pai partia desta morada para outras esferas
Com o coração cheio de incertezas e inseguranças demorei a entender os limites da vida
Dedico hoje no aniversário de sua partida esse poema

Treze de abril. A hora mais temida.
A despedida. O tempo da saudade. 
Evapora-se a respiração, sopro da vida, 
Ilumina-se a nova condição para a eternidade.

Treze de abril. A vida interrompida,
Como se ainda faltasse mais do que a metade.
_” Que juiz interfere assim numa partida”?
_” Por que se vão tão cedo os homens de boa vontade”?

E, no entanto, a Lei de Deus, absoluta, 
Silenciosamente, em sua escuta,
Foi acalmando meu coração,

Que compreendeu, chamada impermanência, 
Essa lei inquebrantável da ciência,
E desde aquele dia, nunca mais inquietação...

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