9.5.20

Quarentena

Eu vou de livros. Não tenho lareira.
Eu tenho poesia por luar.
Meu vinho é a "Estrela da vida inteira".
Minha cerveja artesanal é ouvir Chico cantar.

E assim, ao som de Manuel Bandeira,
Eu me sinto como se estivesse num pomar
Colhendo Drummond, de alma cantareira,
Ouvindo Vinicius e seus poemas de amar,

E desse jeito eu passo minha quarentena,
Ouvindo música, lendo poema,
E quando vejo, o dia já passou,

E a lareira do meu coração, se ardendo em rimas,
Espalha poesias pequeninas
Que eu colho e guardo por onde eu vou.

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