Eu trago aquele poema aqui guardado,
Poema que nunca mais libertou meu pensamento,
Que foi como um vírus quando inoculado
Mudando quase tudo aqui por dentro,
E sempre que o leio, confesso-me assustado,
E cada vez que o faço, eu sou quem tento
Compreender o que há por trás do seu significado
E me repito a todo momento:
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja
A ingratidão, o nome dessa pantera
Matando o último sonho, a última quimera,
Como uma larva venenosa que rasteja...
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