Um diz que sabe. O outro, que tem certeza.
Um afirma. Outro nega. Os dois se estranham.
E entre o sim e o não, essa estranheza
Onde os dois pensam que batem, mas apanham.
Sobra arrogância. Carece delicadeza.
Quanto mais perdem, mais pensam que ganham.
É verbo solto o que sai da alma presa
De um e de outro, enquanto se arranham.
A discussão, que não vai levar a nada,
Além de deixar a alma mais cansada
Nessa busca obsessiva por ter razão,
Vale como um atestado da estupidez humana
Que morre desgastada em luta insana
E não consegue escutar seu coração.
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