Quando eu arranho meu violãozinho, distraído,
O mundo para, enquanto a música, assim:
Um sol sustenido não faz o mundo menos sofrido,
Mas faz sofrer no mundo ser menos ruim,
Por isso, quando eu arranho meu violãozinho, eu lido
Melhor com cada inferno que há em mim:
O meu, o que me cerca, e o travestido
Que tenta me seduzir, e quer meu fim.
Mas meu violãozinho, dissonante,
Me desvia dos caminhos do inferno de Dante,
E me mostra por alguns instantes seu melhor...
E faz isso por mim desde a minha juventude,
Meu violãozinho, meus acordes, meu açude,
Como é bom ser feliz em dó menor...
Um comentário:
Boa noite. Parabéns pelo o seu blog, e nesse texto eu me encontrei ,pois eu também tenho o meu violão, e sei como é aprazível ter este antigo instrumento.Abraço.
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