O ano vai seguindo com seus dias,
O novo parece o mesmo que acabou:
As mesmas pessoas frias, pelas ruas frias,
Mudou o ano, nada mais mudou,
Mudaram as rimas, mudaram as poesias,
Ainda bem que o poema ainda ficou,
Viver depende de boas companhias,
E aí eu acho que foi pouco o que restou,
Mas quem precisa de tanto pra um soneto?
Com pouca coisa, dois quartetos, dois tercetos,
E um sonetinho novo vai nascendo,
Pode não ser grande coisa, mas é um início,
Pode não ser a luz, mas é um indício
De que há poesia ainda nos movendo...
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