5.6.21

Comunhão

Depois de 72 horas de plantão,
Aqui estou de volta ao meu cantinho,
72 horas parecia um turbilhão,
Mas era só o começo do caminho,

Respira, atende o próximo: _Pois não...
Febre alta, vomito, começou ontem todo vermelhinho,
Pausa prum café. Tem bolo e pão.
Meia hora de sono. _Doutor, tem um bebezinho.

72 horas. O tempo vai passando,
E enquanto eu vejo dores desfilando,
Eu me aproximo da dor, eu toco a dor com a mão

72 horas. E eu vejo como dói a vida.
E o analgésico sabe que não tem saída:
A dor só se dissolve em comunhão...






8 comentários:

Anônimo disse...

Se o vosso intuito é
dar cada vez mais força
para aqueles que expressam
o que sentem e pensam.
Gostaria de compartilhar com vocês
meu blog de poemas autorais.
Se puderem ler meus fragmentos
e comentar com sinceridade minhas obras
para minha humilde evolução, seria muito grato!


Bravo poeta! Admiro seus trabalhos!
https://garimpoemas.blogspot.com/

Sonia disse...

Viver é complicado.

Anônimo disse...

Boa noite.
A vida e seus desafios...

Anônimo disse...

Parabéns por transformar em poesia!

Anônimo disse...

Queria ser seguidora do seu blog, mas o sistema mudou e não consegui.

Kósa Márta disse...

KÖSZÖNÖM!

Gidalti Oliveira disse...

Seu trabalho é admirável, como médico e como poeta, eu não li todas ainda mas estou gostando muito, vou deixar um versinho como uma pequena homenagem

Campo dos Goytacazes
Terra de homens ferozes
Terra de índios vorazes;
No eco de suas vozes,
Ouço poesia...ou quase...

Niszczarka Wallner JP 520C disse...

Niszczarka Wallner JP 520C