Aonde eu vou morar
Eu vou morar em Milton Nascimento,
Na voz que vem de Milton Nascimento.
Gira, girar em Milton Nascimento,
E adormecer em Milton Nascimento.
Eu quero um pé de sonho prá plantar.
(Quem planta sonho colhe cantar)
Quero viver sossegado
Mas pra ficar sossegado
Eu não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal.
Uma nascente. Um olho dágua.
Ouvindo Canção do Sal.
Brincar nos bailes da vida
Cantando Canção Amiga.
Quero ficar à vontade.
Do coração doer de tanta felicidade.
Quero tocar minha mão no Cálix Bento.
Eu, Cavaleiro Solitário, ao vento,
De vez, morar em Milton Nascimento,
Em comunhão com Milton Nascimento,
E me perder em Milton Nascimento,
E me encontrar em Milton Nascimento.
No seu sorriso
Que é qualquer coisa a haver com o paraiso.
Certas canções de modo tão perfeito:
Amigo é coisa pra se guardar
Do lado esquerdo do peito.
Por isso, quando eu me encontrar sozinho,
Vou viajar no som do cuitelinho,
E se eu tiver algum mercecimento
Eu vou morar em Milton Nascimento,
Beber da vida em Milton Nascimento.
Nenhuma dor em Milton Nascimento.
E ser feliz em Milton Nascimento.
26.8.02
O Amor Insensato
A todos os amores que não trazem paz
Se o amor que tu amas é proibido
E amar assim te mata de vergonha,
E se é imenso o amor, mas escondido,
E é dentro do escondido que ele sonha,
E se o Padre não o abençoa,
E se o Pastor não o bendiz,
E se o Rabino não o tem por coisa boa
E apesar disso esse amor te faz feliz,
Vive esse amor insensato até o fim
Como se nada nele houvesse de ruim
E ali estivesse a tua felicidade.
Quem sabe um dia, desse amor cansada,
Por tanto amares sejas libertada
E, uma vez livre, tu ames de verdade.
Quem sabe um dia o coração sofrido
Por tanto amor, enfim, seja absolvido
E possa então amar com dignidade.
A todos os amores que não trazem paz
Se o amor que tu amas é proibido
E amar assim te mata de vergonha,
E se é imenso o amor, mas escondido,
E é dentro do escondido que ele sonha,
E se o Padre não o abençoa,
E se o Pastor não o bendiz,
E se o Rabino não o tem por coisa boa
E apesar disso esse amor te faz feliz,
Vive esse amor insensato até o fim
Como se nada nele houvesse de ruim
E ali estivesse a tua felicidade.
Quem sabe um dia, desse amor cansada,
Por tanto amares sejas libertada
E, uma vez livre, tu ames de verdade.
Quem sabe um dia o coração sofrido
Por tanto amor, enfim, seja absolvido
E possa então amar com dignidade.
20.8.02
Não contem comigo
Argumento final
Este texto compõe o argumento final da ação que movi junto às minhas entidades de classe contra o autoritarismo e a truculencia das ações de que fui vitima no ultimo dia 13 e cujo relato fiz em outra mensagem para esse blog...
Amigos,
Antes que perguntem, saibam...
Antes que se enganem comigo, conheçam...
Antes que se iludam com meu modo se ser, tomem fé:
Não contem comigo
Quando for para o susto calar a nossa voz,
Quando for para a covardia e o medo determinarem nosso silencio
Ou nos intimidarem diante do nefasto
E nos curvarem diante do erro...
Não contem comigo.
Ahimsa, eu aprendi.
Preparem minha demissão imediata,
Transfiram-me,
Retirem meu nome,
Cassem meus direitos...
Mas não me peçam para ficar calado diante do abuso...
Não me implorem para mudar uma letra sequer da minha palavra...
Não esperem de mim o medo de quem nem é Deus...
Esqueçam...
Não contem comigo...
Antes não tivessem me permitido conhecer Milton, Chico, Gullar, Brecht, Maiakovsky, Castro Alves...
Porque não me deixaram só com Rapunzel, O Gato de Botas, A Bela Adormecida?
Talvez assim eu tivesse mais medo da palavra que se acompanha da bala...
Talvez assim eu me curvasse mais rapidamente diante da estupidez e da força...
Mas alguma coisa deu errado comigo...
Vi, li, aprendi, vivi dias intensos que me impedem hoje de ceder quando ceder é mais fácil...
Ou de morrer de medo do que não tem remédio nem nunca terá...
Amigos...
Não me chamem para acordos com o abuso...
Não me mostrem os conchavos com o medo...
Não me falem sobre segredinhos com a força armada...
Não me digam para temer a lei que não se sustenta em si mesma...
Trago em mim a grande culpa de ser como sou...
Não me peçam para ser de outro modo. Desistam.
Não contem comigo.
Argumento final
Este texto compõe o argumento final da ação que movi junto às minhas entidades de classe contra o autoritarismo e a truculencia das ações de que fui vitima no ultimo dia 13 e cujo relato fiz em outra mensagem para esse blog...
Amigos,
Antes que perguntem, saibam...
Antes que se enganem comigo, conheçam...
Antes que se iludam com meu modo se ser, tomem fé:
Não contem comigo
Quando for para o susto calar a nossa voz,
Quando for para a covardia e o medo determinarem nosso silencio
Ou nos intimidarem diante do nefasto
E nos curvarem diante do erro...
Não contem comigo.
Ahimsa, eu aprendi.
Preparem minha demissão imediata,
Transfiram-me,
Retirem meu nome,
Cassem meus direitos...
Mas não me peçam para ficar calado diante do abuso...
Não me implorem para mudar uma letra sequer da minha palavra...
Não esperem de mim o medo de quem nem é Deus...
Esqueçam...
Não contem comigo...
Antes não tivessem me permitido conhecer Milton, Chico, Gullar, Brecht, Maiakovsky, Castro Alves...
Porque não me deixaram só com Rapunzel, O Gato de Botas, A Bela Adormecida?
Talvez assim eu tivesse mais medo da palavra que se acompanha da bala...
Talvez assim eu me curvasse mais rapidamente diante da estupidez e da força...
Mas alguma coisa deu errado comigo...
Vi, li, aprendi, vivi dias intensos que me impedem hoje de ceder quando ceder é mais fácil...
Ou de morrer de medo do que não tem remédio nem nunca terá...
Amigos...
Não me chamem para acordos com o abuso...
Não me mostrem os conchavos com o medo...
Não me falem sobre segredinhos com a força armada...
Não me digam para temer a lei que não se sustenta em si mesma...
Trago em mim a grande culpa de ser como sou...
Não me peçam para ser de outro modo. Desistam.
Não contem comigo.
14.8.02
A Injustiça Cega
Ontem durante meu plantão médico recebi a visita de duas Assistentes Sociais que me traziam quatro crianças sem queixas para receberem um Atestado Médico de liberação para creche. Tentei sem sucesso explicar que aquele Hospital se destinava ao atendimento de urgencias. Encaminhei as crianças ao atendimento em outra unidade. Duas horas depois uma oficial de justiça acompanhada de tres policiais armados me entregou um documento assinado por um juiz ordenando o atendimento das crianças ou a prisão. Sob ameaça da força, constrangido pelo abuso do poder, atendi as crianças, que não apresentavam problemas.
Não há mérito algum na força armada,
Na coação, no constrangimento.
O mel, quando obtido pela espada
Não presta como alimento.
Não há vitória nem merecimento
Na arma apontada para o coração.
A estupidez é o único argumento
De quem perdeu-se e perdeu a razão.
Por isso não há luz quando a vitória
Inclui a estupidez na sua estória.
A força é o selo da mediocridade.
É o vinho acre que cheira a azedume.
É a natureza morta e sem perfume.
É o elogio à imbecilidade.
Ontem durante meu plantão médico recebi a visita de duas Assistentes Sociais que me traziam quatro crianças sem queixas para receberem um Atestado Médico de liberação para creche. Tentei sem sucesso explicar que aquele Hospital se destinava ao atendimento de urgencias. Encaminhei as crianças ao atendimento em outra unidade. Duas horas depois uma oficial de justiça acompanhada de tres policiais armados me entregou um documento assinado por um juiz ordenando o atendimento das crianças ou a prisão. Sob ameaça da força, constrangido pelo abuso do poder, atendi as crianças, que não apresentavam problemas.
Não há mérito algum na força armada,
Na coação, no constrangimento.
O mel, quando obtido pela espada
Não presta como alimento.
Não há vitória nem merecimento
Na arma apontada para o coração.
A estupidez é o único argumento
De quem perdeu-se e perdeu a razão.
Por isso não há luz quando a vitória
Inclui a estupidez na sua estória.
A força é o selo da mediocridade.
É o vinho acre que cheira a azedume.
É a natureza morta e sem perfume.
É o elogio à imbecilidade.
13.8.02
A Muralha
I
Era uma construção rochosa, fria,
Um obstáculo à luz do dia.
Inalcançável. Imensa. Inatingível.
Era de uma grandeza incomparável
E de uma complexidade incompreensível.
Era uma construção rochosa, imensa,
Escura, impressionante, enorme, densa,
Assustadora construção rochosa,
Estupida, complexa, pavorosa,
Incompreensivel em sua soberania...
Um obstáculo à luz do dia...
II
A força bruta esmerou-se em derrubá-la
A golpes de ferro, impactos de bala,
A violentos tiros de canhão...
Tentou, a força bruta, sem perdão,
Sem culpa, a força bruta, sem sossêgo,
Sem falha, sem porém, sem dó, sem medo...
A força bruta esmerou-se, sem sucesso...
A imensidão sombria não se abala...
E toda força bruta do Universo
Não foi capaz de vencer A Muralha...
III
E os Poderosos, e os Prepotentes,
E os Chanceleres, e os Presidentes,
E os Principes, e os Reis e os Marechais,
E os Arcebispos, e os Almirantes,
E os Sheiks, e os Xás, e os Comandantes,
E os Prefeitos, e os Generais,
E os Imortais, e os representantes
Dos militares da Alta Patente
Uniram-se em Tribunas Permanentes
E após as preleções mais estridentes
Mostraram-se improváveis, impotentes...
Nenhum poder no mundo foi capaz
De destruir A Muralha. Impressionante.
Um obstáculo à Luz. Desconcertante.
Um obstáculo à Paz.
IV
Nem toda pedra. Todo brilhante,
Toda fortuna, toda riqueza,
Toda Esmeralda, todo Diamante,
Todo dinheiro da natureza,
Tampouco toda gema do garimpo
Ou todo Ouro de Midas,
Ou nem toda riqueza que há no Olimpo
Ou jóias que há nas Arcas escondidas,
Nenhum anel de brilhante...
Nenhum valor mostrou-se suficiente
Para vencer A Muralha
Absoluta, desconcertante,
Permanecia completamente
Intacta, compacta e sem falha...
V
Passava noite,
Passava dia
E A Muralha permanecia...
A Luz do Sol não passava...
O amanhecer não nascia...
Passava noite cinzenta,
Passava nuvem sombria,
E A Muralha,
Feito uma praga quando se espalha,
Sobrevivia...
VI
Foi quando o Amor tocou, suavemente,
A Muralha imponente
De grandiosidade impressionante...
Nesse instante,
Subitamente,
A Muralha cedeu completamente,
E como quem se acaba simplesmente
Ou como quem se vai e vai distante
A Muralha gigante
Estúpida, complexa, impressionante
Quedou-se ao toque suave e transparente
Do amor silente...
E feito um Novo Tempo quando se inicia,
Daquele instante em diante não havia
Obstáculo nenhum à Luz do Dia...
I
Era uma construção rochosa, fria,
Um obstáculo à luz do dia.
Inalcançável. Imensa. Inatingível.
Era de uma grandeza incomparável
E de uma complexidade incompreensível.
Era uma construção rochosa, imensa,
Escura, impressionante, enorme, densa,
Assustadora construção rochosa,
Estupida, complexa, pavorosa,
Incompreensivel em sua soberania...
Um obstáculo à luz do dia...
II
A força bruta esmerou-se em derrubá-la
A golpes de ferro, impactos de bala,
A violentos tiros de canhão...
Tentou, a força bruta, sem perdão,
Sem culpa, a força bruta, sem sossêgo,
Sem falha, sem porém, sem dó, sem medo...
A força bruta esmerou-se, sem sucesso...
A imensidão sombria não se abala...
E toda força bruta do Universo
Não foi capaz de vencer A Muralha...
III
E os Poderosos, e os Prepotentes,
E os Chanceleres, e os Presidentes,
E os Principes, e os Reis e os Marechais,
E os Arcebispos, e os Almirantes,
E os Sheiks, e os Xás, e os Comandantes,
E os Prefeitos, e os Generais,
E os Imortais, e os representantes
Dos militares da Alta Patente
Uniram-se em Tribunas Permanentes
E após as preleções mais estridentes
Mostraram-se improváveis, impotentes...
Nenhum poder no mundo foi capaz
De destruir A Muralha. Impressionante.
Um obstáculo à Luz. Desconcertante.
Um obstáculo à Paz.
IV
Nem toda pedra. Todo brilhante,
Toda fortuna, toda riqueza,
Toda Esmeralda, todo Diamante,
Todo dinheiro da natureza,
Tampouco toda gema do garimpo
Ou todo Ouro de Midas,
Ou nem toda riqueza que há no Olimpo
Ou jóias que há nas Arcas escondidas,
Nenhum anel de brilhante...
Nenhum valor mostrou-se suficiente
Para vencer A Muralha
Absoluta, desconcertante,
Permanecia completamente
Intacta, compacta e sem falha...
V
Passava noite,
Passava dia
E A Muralha permanecia...
A Luz do Sol não passava...
O amanhecer não nascia...
Passava noite cinzenta,
Passava nuvem sombria,
E A Muralha,
Feito uma praga quando se espalha,
Sobrevivia...
VI
Foi quando o Amor tocou, suavemente,
A Muralha imponente
De grandiosidade impressionante...
Nesse instante,
Subitamente,
A Muralha cedeu completamente,
E como quem se acaba simplesmente
Ou como quem se vai e vai distante
A Muralha gigante
Estúpida, complexa, impressionante
Quedou-se ao toque suave e transparente
Do amor silente...
E feito um Novo Tempo quando se inicia,
Daquele instante em diante não havia
Obstáculo nenhum à Luz do Dia...
3.8.02
As Fomes
Revisado
Ele tinha fome de boca, fome de mão...
Ela, só fome de coração...
Ele tinha fome de pele, de caricia...
Ela, de ser tratada com delicia...
Ele, de perna, joelho, tornozelo...
Ela, de ser cuidada com desvelo...
Ele era a fome da voz a sussurrar...
Ela, a da delicadeza de um olhar...
Ele era a fome de um lençol de linho...
Ela, a de ser tratada com carinho...
Mas, como suas fomes muito diferentes,
Parecessem, porque fomes, muito iguais,
Eles se deram, com fome, um ao outro,
E se entregaram,
Como se dão, uns aos outros, os casais...
E enquanto ele se contentava
Ela tentava...
Ele gostava, sorria...
Ela arriscava ver se descobria...
Ele se deliciava, se fartava de euforia,
Ela buscava obter o que queria...
Às vezes ela até acreditava...
Às vezes ele quase convencia...
E enquanto ela procurava,
Se dava, se oferecia,
Ele, sozinho, se alimentava
Da fome que ela sentia...
Ate que um dia
As suas fomes mostraram-se evidentes:
A dele, fome de dentes,
A dela, fome de sentir saudades...
A dele, fome de beijos ardentes,
A dela fome de infantilidades...
A dele, a fome do corpo quente,
A dela, a fome de companhia...
A dele, a fome aguardente...
A dela, fome poesia...
Eram fomes diferentes:
Céu e chão,
Pecadores e inocentes,
Sim e não,
Meia noite,
Meio dia,
Quando então,
Eles se compreenderam desiguais...
E desde aí, nunca mais
Quando ele pele, ela vida,
Ele mordida, ela olhar.
Ele querendo comida...
Ela querendo sonhar...
Ele a paixão desmedida...
Ela a vontade de amar...
Ele a voz quase gemida...
Ela a voz quase a cantar...
Nunca mais ele a mordida
Nos sonhos dela sonhar...
Ele era fora, ela, dentro...
Ele o momento, ela mais...
Ela, como o pensamento...
Ele, como os animais...
Ele era o gás, ela a luz,
E desde então, nunca mais...
Porque ela era a fome que o verso não traduz
E ele era a fome fugaz...
E ela pode então viver em paz...
Revisado
Ele tinha fome de boca, fome de mão...
Ela, só fome de coração...
Ele tinha fome de pele, de caricia...
Ela, de ser tratada com delicia...
Ele, de perna, joelho, tornozelo...
Ela, de ser cuidada com desvelo...
Ele era a fome da voz a sussurrar...
Ela, a da delicadeza de um olhar...
Ele era a fome de um lençol de linho...
Ela, a de ser tratada com carinho...
Mas, como suas fomes muito diferentes,
Parecessem, porque fomes, muito iguais,
Eles se deram, com fome, um ao outro,
E se entregaram,
Como se dão, uns aos outros, os casais...
E enquanto ele se contentava
Ela tentava...
Ele gostava, sorria...
Ela arriscava ver se descobria...
Ele se deliciava, se fartava de euforia,
Ela buscava obter o que queria...
Às vezes ela até acreditava...
Às vezes ele quase convencia...
E enquanto ela procurava,
Se dava, se oferecia,
Ele, sozinho, se alimentava
Da fome que ela sentia...
Ate que um dia
As suas fomes mostraram-se evidentes:
A dele, fome de dentes,
A dela, fome de sentir saudades...
A dele, fome de beijos ardentes,
A dela fome de infantilidades...
A dele, a fome do corpo quente,
A dela, a fome de companhia...
A dele, a fome aguardente...
A dela, fome poesia...
Eram fomes diferentes:
Céu e chão,
Pecadores e inocentes,
Sim e não,
Meia noite,
Meio dia,
Quando então,
Eles se compreenderam desiguais...
E desde aí, nunca mais
Quando ele pele, ela vida,
Ele mordida, ela olhar.
Ele querendo comida...
Ela querendo sonhar...
Ele a paixão desmedida...
Ela a vontade de amar...
Ele a voz quase gemida...
Ela a voz quase a cantar...
Nunca mais ele a mordida
Nos sonhos dela sonhar...
Ele era fora, ela, dentro...
Ele o momento, ela mais...
Ela, como o pensamento...
Ele, como os animais...
Ele era o gás, ela a luz,
E desde então, nunca mais...
Porque ela era a fome que o verso não traduz
E ele era a fome fugaz...
E ela pode então viver em paz...
Senha
Revisado
A poesia por companhia...
Musica boa por testemunha...
Ser poeta é meu brinquedo e minha fantasia
E minha alcunha...
A poesia por teimosia...
Musica boa por manha...
Escrever é minha crença, minha cura, minha cria
E única façanha...
A poesia por estrela guia...
Musica boa, de onde quer que venha...
Ser assim é minha sabedoria
E minha senha...
Revisado
A poesia por companhia...
Musica boa por testemunha...
Ser poeta é meu brinquedo e minha fantasia
E minha alcunha...
A poesia por teimosia...
Musica boa por manha...
Escrever é minha crença, minha cura, minha cria
E única façanha...
A poesia por estrela guia...
Musica boa, de onde quer que venha...
Ser assim é minha sabedoria
E minha senha...
1.8.02
Se eu faço poesia...
Revisado
Se eu faço poesia, penso em nada...
É como escorregar num tobogã...
Então, quando eu percebo, é madrugada...
Eu continuo. É quase de manhã...
Eu trago a poesia bem guardada
Como quem traz guardado um talismã...
Se eu faço poesia eu perco o rumo...
Eu sigo por atalhos e quebradas...
Eu perco a coerencia, esqueço o prumo,
Eu piso firme sem deixar pegadas,
E nesse desacerto é que eu me arrumo
E assim eu passo as minhas madrugadas...
Se eu faço poesia ritimada
E rimo por questão de opinião,
É como olhar a lua prateada
E, olhando, assoviar uma canção...
É como se a palavra preparada
Saisse pronta do coração...
Se eu faço poesia, penso mudo...
É como a fantasia improvisada...
Às vezes o poema é meu escudo...
Às vezes o poema é minha estrada...
Meu cálice de vinho... Meu veludo...
Meu tudo... Meu porque... Meu não... Meu nada...
Por isso é que se eu faço poesia
Diária, intuitiva, ritimada,
É como quem descobre o fio guia,
A senha, a chave, o mote, o abracadabra...
E encontra a própria carta de alforria
E a trilha da caverna abandonada...
Revisado
Se eu faço poesia, penso em nada...
É como escorregar num tobogã...
Então, quando eu percebo, é madrugada...
Eu continuo. É quase de manhã...
Eu trago a poesia bem guardada
Como quem traz guardado um talismã...
Se eu faço poesia eu perco o rumo...
Eu sigo por atalhos e quebradas...
Eu perco a coerencia, esqueço o prumo,
Eu piso firme sem deixar pegadas,
E nesse desacerto é que eu me arrumo
E assim eu passo as minhas madrugadas...
Se eu faço poesia ritimada
E rimo por questão de opinião,
É como olhar a lua prateada
E, olhando, assoviar uma canção...
É como se a palavra preparada
Saisse pronta do coração...
Se eu faço poesia, penso mudo...
É como a fantasia improvisada...
Às vezes o poema é meu escudo...
Às vezes o poema é minha estrada...
Meu cálice de vinho... Meu veludo...
Meu tudo... Meu porque... Meu não... Meu nada...
Por isso é que se eu faço poesia
Diária, intuitiva, ritimada,
É como quem descobre o fio guia,
A senha, a chave, o mote, o abracadabra...
E encontra a própria carta de alforria
E a trilha da caverna abandonada...
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