22.4.02

A forma leve da solidão

Não há limites para a poesia.
Nenhuma absolvição para quem escreve.
Nem mérito nenhum. Nem companhia.
O poema é a solidão na forma leve.

Não há descuido nem desarmonia.
Nem diferenças entre o Sol e a Neve...
Não há fidelidade. Não há guia.
A letra nunca diz o que não deve.

Não há disfarce. Tudo é permitido.
O dar. A dor. A dança. O doido. O dia.
A voz escancarada e a voz discreta.

Na poesia tudo faz sentido.
Não há limites para a poesia
Nem há perdão nenhum para o poeta...

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