Se aproxima e se vai logo em seguida,
É minha irmã, mas como gata borralheira,
Nunca se mostra, vive escondida...
De vez em quando me toca, sorrateira,
Sorri, mas ao ver que não é correspondida,
Afasta-se de mim, de tal maneira
Que eu volto à minha vida distraída...
Porém a minha irmã morte, eu sei que um dia
Vai precisar da minha companhia,
Porque nós somos filhos da mesma criação,
E nesse dia, em seu abraço derradeiro,
Ela me dirá, de modo desinteresseiro:
Fica comigo, eu te amo, meu irmão...