Escreve:
Poesias, cartas, contos,
Dias tristes,
Dias alegres,
Dias nem sim nem não,...
Certezas,
Estranhezas,
Só palpites,
Escreve.
Tudo em volta é motivo,
Inspiração.
Escreve na folha de receituário,
No guardanapo,
No papel do pão,
No caderno,
No tablet,
Na memória,
Não perde a história:
Escreve na mão.
E não precisa que sejam coisas belas.
A vida é feita de portas e janelas
Mas tem também seus dias de porão.
Aproveita então as tempestades
E guarda
Umas gotas de chuva
De recordação.
Escreve cartas
E nunca as mande,
Escreve contos
De nunca os publicar,
Escreve um texto miudinho,
Um outro grande,
E um terceiro que vai ficar sem terminar,
Mas escreve,
A sua alma fica leve,
O seu coração parece não pesar,
O seu dia fica diferente,
A poça dágua
Fica de um jeito
Que parece um mar,
Os amores que não dão certo,
Os desencontros,
As coisas perdidas,
Tudo vira luz,
Até a morte,
O câncer,
A derrota,
O choro,
O medo de relâmpago,
A cruz,
Nada é em vão,
O coração que escreve,
Só precisa proteger-se
De um senão:
Nunca mentir-se,
Deixar de ser-se mesmo,
Nunca escrever
Pra fazer exibição,
A escrita é a válvula de escape da tormenta,
A escrita é o antidoto da solidão,
É a escora inquebrantável que sustenta
O choro,
A impaciência,
A imperfeição,
Por isso escreve
Mas não com os dedos,
Esquece os dicionários,
A conjugação,
Esquece a ortografia,
A poesia
Tem sua própria ortografia, por definição.
Escreve,
Mas não com as letras,
Escreve com o sonho,
Com a imaginação,
Com a vida sua
Que só você conhece.
Esquece o resto.
Escreve.
O resto, não...
Poesias, cartas, contos,
Dias tristes,
Dias alegres,
Dias nem sim nem não,...
Certezas,
Estranhezas,
Só palpites,
Escreve.
Tudo em volta é motivo,
Inspiração.
Escreve na folha de receituário,
No guardanapo,
No papel do pão,
No caderno,
No tablet,
Na memória,
Não perde a história:
Escreve na mão.
E não precisa que sejam coisas belas.
A vida é feita de portas e janelas
Mas tem também seus dias de porão.
Aproveita então as tempestades
E guarda
Umas gotas de chuva
De recordação.
Escreve cartas
E nunca as mande,
Escreve contos
De nunca os publicar,
Escreve um texto miudinho,
Um outro grande,
E um terceiro que vai ficar sem terminar,
Mas escreve,
A sua alma fica leve,
O seu coração parece não pesar,
O seu dia fica diferente,
A poça dágua
Fica de um jeito
Que parece um mar,
Os amores que não dão certo,
Os desencontros,
As coisas perdidas,
Tudo vira luz,
Até a morte,
O câncer,
A derrota,
O choro,
O medo de relâmpago,
A cruz,
Nada é em vão,
O coração que escreve,
Só precisa proteger-se
De um senão:
Nunca mentir-se,
Deixar de ser-se mesmo,
Nunca escrever
Pra fazer exibição,
A escrita é a válvula de escape da tormenta,
A escrita é o antidoto da solidão,
É a escora inquebrantável que sustenta
O choro,
A impaciência,
A imperfeição,
Por isso escreve
Mas não com os dedos,
Esquece os dicionários,
A conjugação,
Esquece a ortografia,
A poesia
Tem sua própria ortografia, por definição.
Escreve,
Mas não com as letras,
Escreve com o sonho,
Com a imaginação,
Com a vida sua
Que só você conhece.
Esquece o resto.
Escreve.
O resto, não...