O bebe canguru
Quem ousaria incomodá-lo, assim?
Que dor? Que movimento descuidado?
Que som abusivo? Que toque frio e ruim?
Que exagero de luz mal calculado?
Quem ousaria provocar o fim
Desse sono reparador tão delicado?
Suave como um piano de Jobim...
Discreto como um Quintana declamado...
Quem ousaria tamanha iniqüidade?
Separar mãe e filho: insanidade...
Atrapalhar esse vínculo sagrado...
Bem aventurado o colo que se entrega
Ao filho, bem aventurado, que se apega
A esse encontro bem aventurado.