O mar de lama (versão 2008)
Seja bem vindo ao mar de lama obscura
Que fez morada na minha cidade
Transformando-a em estranha criatura
Mancomunada com a imoralidade...
Seja bem vindo ao mar de lama impura
Que encheu de sombra escura a claridade
Como se fosse uma doença sem cura,
Um cancer descoberto muito tarde...
Seja bem vindo à imensa lamaceira
Que fez da minha cidade uma lixeira
E hoje é parte da sua própria vida...
Seja bem vindo ao mar de lama, irmão...
É como se não houvesse outra opção...
É como se não houvesse outra saida...
17.3.08
16.3.08
Poema sujo
Gritaram: pega ladrão...
Não sobrou um no lugar...
Anos a fio metendo a mão,
Já não sabiam parar...
Cidade imunda de corrupção...
Larápios a conjugar
O verbo da moda que faz o ladrão
O verbo da moda: roubar...
Cidade completamente corrompida...
Enlamearam a porta de saida,
Sujaram tudo, não sobrou ninguém...
Meu Deus, tem pena da minha cidade,
Antro imoral de toda iniquidade...
Quem vive aqui sabe bem...
Gritaram: pega ladrão...
Não sobrou um no lugar...
Anos a fio metendo a mão,
Já não sabiam parar...
Cidade imunda de corrupção...
Larápios a conjugar
O verbo da moda que faz o ladrão
O verbo da moda: roubar...
Cidade completamente corrompida...
Enlamearam a porta de saida,
Sujaram tudo, não sobrou ninguém...
Meu Deus, tem pena da minha cidade,
Antro imoral de toda iniquidade...
Quem vive aqui sabe bem...
1.3.08
Parada cardiaca (III)
Parou o coração, congestionado,
Enfraquecido, insuficiente,
Como um maratonista desarmado,
Como uma estrela cadente...
Parou o coração, desconfortado
Dentro de um mediastino incomplecente.
Cresceu, e o peito tornou-se-lhe apertado.
Cresceu demais, aparentemente...
Parou o coração, digitalizado,
Corretamente monitorado
E com um desfiblilador bem na sua frente...
Parou, a despeito de todo cuidado.
Parou sem perceber-se medicado.
Parou de vez o coração doente...
Parou o coração, congestionado,
Enfraquecido, insuficiente,
Como um maratonista desarmado,
Como uma estrela cadente...
Parou o coração, desconfortado
Dentro de um mediastino incomplecente.
Cresceu, e o peito tornou-se-lhe apertado.
Cresceu demais, aparentemente...
Parou o coração, digitalizado,
Corretamente monitorado
E com um desfiblilador bem na sua frente...
Parou, a despeito de todo cuidado.
Parou sem perceber-se medicado.
Parou de vez o coração doente...
Parada cardiaca (II)
Parou o coração. E nem queria.
E se tentou se salvar, não conseguiu.
Parou vitimado por subita arritimia.
Como uma estátua de Trotsky, caiu.
Parou o coração naquele dia
Bem justo quando parecia estar a mil.
Massagem. Adrenalina intracardiaca.
E a vida que ali havia escapuliu.
Parou o coração, como constatado.
Já não é o mesmo o coração, parado.
Já não é o mesmo que era o que batia.
Parou o coração contra a própria vontade.
Parou vitimado de subita gravidade.
Parou quando ele nem percebia.
Parou o coração. E nem queria.
E se tentou se salvar, não conseguiu.
Parou vitimado por subita arritimia.
Como uma estátua de Trotsky, caiu.
Parou o coração naquele dia
Bem justo quando parecia estar a mil.
Massagem. Adrenalina intracardiaca.
E a vida que ali havia escapuliu.
Parou o coração, como constatado.
Já não é o mesmo o coração, parado.
Já não é o mesmo que era o que batia.
Parou o coração contra a própria vontade.
Parou vitimado de subita gravidade.
Parou quando ele nem percebia.
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