23.1.08

Parada cardíaca

Parou o coração, subitamente,

Congestionado de coisas por fazer.

Não deu sinais de parar. Foi de repente,

Como se estivesse saturado de viver.


 

E assim, súbita e definitivamente,

Pois não voltou a bater,

Parou, como se estivesse cansado do batente

Ou como se estivesse desistido de sofrer.


 

Guardou, com seu silencio, nomes, dias,

Desejos, desafetos, avarias,

Fragmentos da vida ainda por levar...


 

Parou o coração. Silencio. Nada.

A vida, vitima da súbita parada,

Escapuliu para nunca mais voltar...