Poema de Natal II
(O Dono da Estalagem nega um quarto)
Sem Anjos anunciando a sua chegada,
Bem antes da Estrela aparecer,
Sem Reis Magos, sem árvore enfeitada,
Sem nada, assim, pra me convencer...
Um homem... Uma mulher embarrigada...
Nada que me deixasse perceber...
Tomei por gente comum dessas, mais nada...
Como é que eu ia reconhecer?
Se musica tocasse, acompanhada
De sinos, guizos, anjos... Mas que nada...
Somente um bebe prestes a nascer...
Eu tinha até lugar na minha pousada,
Mas, acredite, vaga reservada...
Como é que eu ia saber?
30.11.04
Poema de Natal I
No coxo frio de uma estrebaria
Sem luz, sem água ou fonte de calor,
Há dois mil anos Jesus nascia
Para se tornar nosso Salvador.
Não trouxe ouro por garantia,
Nem desobedeceu o seu Imperador,
Mas pelas coisas que ele fazia
Ganhou o nome de Nosso Senhor.
No coxo frio que já nem servia,
Na escuridão da noite que caia,
Nesse cenário sem luz nem cor,
Ali, naquela noite, quem diria,
Era assim que a Humanidade recebia
Nosso Senhor Jesus, o Redentor.
No coxo frio de uma estrebaria
Sem luz, sem água ou fonte de calor,
Há dois mil anos Jesus nascia
Para se tornar nosso Salvador.
Não trouxe ouro por garantia,
Nem desobedeceu o seu Imperador,
Mas pelas coisas que ele fazia
Ganhou o nome de Nosso Senhor.
No coxo frio que já nem servia,
Na escuridão da noite que caia,
Nesse cenário sem luz nem cor,
Ali, naquela noite, quem diria,
Era assim que a Humanidade recebia
Nosso Senhor Jesus, o Redentor.
29.11.04
Bilaquiana III
(Resposta a um Clinico)
Ora, dirás: fazer Pediatria?
Certo não sabes Clinica Geral.
Só amamentação, fraldinha, o dia a dia,
Gotinha e Sais de Rehidratação Oral.
Ao invés das grandes sindromes, quem diria,
Receitinhas de ensinar fazer mingau,
Sopinha de legumes em banho-maria,
E as doses do calendário vacinal.
Ora, dirás: consulta sem valia,
Receita igual à receita da titia,
Assim até eu quero ser pediatra...
E eu te direi, no entanto: Que ironia!
Salvas o mundo com tua sabedoria
Mas não percebes a empáfia que te mata...
(Resposta a um Clinico)
Ora, dirás: fazer Pediatria?
Certo não sabes Clinica Geral.
Só amamentação, fraldinha, o dia a dia,
Gotinha e Sais de Rehidratação Oral.
Ao invés das grandes sindromes, quem diria,
Receitinhas de ensinar fazer mingau,
Sopinha de legumes em banho-maria,
E as doses do calendário vacinal.
Ora, dirás: consulta sem valia,
Receita igual à receita da titia,
Assim até eu quero ser pediatra...
E eu te direi, no entanto: Que ironia!
Salvas o mundo com tua sabedoria
Mas não percebes a empáfia que te mata...
23.11.04
Bilaquiana II
(Fazer poesia)
Ora, dirás: tentar fazer poesia...
Certo perdeste o senso que há na prosa
Valorizando o ritmo e a harmonia,
Secando a idéia, fonte preciosa...
Ora, dirás: papel sem serventia,
Mania sem sentido e viciosa...
Enquanto a prosa transmite sabedoria,
A poesia morre de melosa...
E eu te direi, no entanto: _Que tolice!
O verso é feito a prosa sem mesmice,
Dita de forma amena e perfumada...
Por isso eu sigo o ritmo e vou adiante
Fazendo versos, habito interessante...
O verso é a minha prosa temperada.
(Fazer poesia)
Ora, dirás: tentar fazer poesia...
Certo perdeste o senso que há na prosa
Valorizando o ritmo e a harmonia,
Secando a idéia, fonte preciosa...
Ora, dirás: papel sem serventia,
Mania sem sentido e viciosa...
Enquanto a prosa transmite sabedoria,
A poesia morre de melosa...
E eu te direi, no entanto: _Que tolice!
O verso é feito a prosa sem mesmice,
Dita de forma amena e perfumada...
Por isso eu sigo o ritmo e vou adiante
Fazendo versos, habito interessante...
O verso é a minha prosa temperada.
Bilaquiana I
(O pensamento)
Ora, dirás: pensar dialogando...
Viver conforme a coisa imaginada...
Como quem, acordado, vai sonhando...
Como quem mora na casa assim sonhada...
Ora, dirás: lunático delirando...
Mania própria de alma perturbada...
Quem há de compreender a alma quando
Fala sozinha, voz ensimesmada?
E eu te direi, no entanto: experimenta
Olhar por trás do casca que aparenta,
Falar alem do ouvido que te escuta,
E compreender o mundo alem do mundo,
O infinito dentro de um segundo,
E o diamante que há na pedra bruta...
(O pensamento)
Ora, dirás: pensar dialogando...
Viver conforme a coisa imaginada...
Como quem, acordado, vai sonhando...
Como quem mora na casa assim sonhada...
Ora, dirás: lunático delirando...
Mania própria de alma perturbada...
Quem há de compreender a alma quando
Fala sozinha, voz ensimesmada?
E eu te direi, no entanto: experimenta
Olhar por trás do casca que aparenta,
Falar alem do ouvido que te escuta,
E compreender o mundo alem do mundo,
O infinito dentro de um segundo,
E o diamante que há na pedra bruta...
16.11.04
Os Quatro Cavaleiros da Harmonia
Os outros Doces Bárbaros. Bethânia
Gilberto Gil. Gal Costa. Caetano.
Os quatro Cavaleiros da Harmonia.
Canção bonita. Musica de baiano.
Os outros Doces Bárbaros. Gal Costa.
Bethânia. Caetano. Sr. Gilberto.
Quatro baianos. Viramundos. Um índio.
Uma invasão que desde então deu certo.
Os outros Bárbaros. Gilberto Gil.
Cada palavra escrita com Brasil.
Quatro esotéricos. Lindos astrais.
Os outros Doces Bárbaros. Caetano.
Nenhuma frase posta por engano.
Incompreensíveis? Ah! Meu Deus é mais.
Escrito apos escutar/assistir o DVD Outros Doces Barbaros, com Gil, Cae, Gal e Beta. Há algo de divino em suas canções. Para eles, meu breve poema.
Os outros Doces Bárbaros. Bethânia
Gilberto Gil. Gal Costa. Caetano.
Os quatro Cavaleiros da Harmonia.
Canção bonita. Musica de baiano.
Os outros Doces Bárbaros. Gal Costa.
Bethânia. Caetano. Sr. Gilberto.
Quatro baianos. Viramundos. Um índio.
Uma invasão que desde então deu certo.
Os outros Bárbaros. Gilberto Gil.
Cada palavra escrita com Brasil.
Quatro esotéricos. Lindos astrais.
Os outros Doces Bárbaros. Caetano.
Nenhuma frase posta por engano.
Incompreensíveis? Ah! Meu Deus é mais.
9.11.04
A palavra lapidada
Redescobrir a palavra encabulada,
Reaprender da palavra o seu sentido,
Redefinir a palavra utilizada,
Remixar a palavra para o ouvido,
E a palavra, uma vez reformatada,
Fazer com que pareça ter nascido
Para ser dita e para ser falada
Do modo como foi redefinido.
Reescrever a palavra intimidada,
Compreendendo a palavra abandonada
Na esquina escura, no fim do gueto,
Porque a palavra realimentada
Renasce, transformando o quase nada
Na forma inesperada de um soneto...
Redescobrir a palavra encabulada,
Reaprender da palavra o seu sentido,
Redefinir a palavra utilizada,
Remixar a palavra para o ouvido,
E a palavra, uma vez reformatada,
Fazer com que pareça ter nascido
Para ser dita e para ser falada
Do modo como foi redefinido.
Reescrever a palavra intimidada,
Compreendendo a palavra abandonada
Na esquina escura, no fim do gueto,
Porque a palavra realimentada
Renasce, transformando o quase nada
Na forma inesperada de um soneto...
2.11.04
Carinho de Mãe
Para Natty apos ver a homenagem que ela dedicou à sua mãe em www.fotolog.net/nattygreff
Carinho de mãe nada/ninguém copia...
Carinho de mãe faz pegar no sono...
Carinho de mãe é feito poesia
Espantando a tristeza e o abandono...
Carinho de mãe é boa companhia.
É feito a luz do sol tocando a pele:
A gente nem percebe, mas vicia,
Ainda que não confesse nem revele...
Carinho de mãe é mais que o infinito.
É muito mais gostoso e mais bonito
Que o por do sol avermelhando o céu...
Carinho de mãe é tudo. Nada é mais.
É leve e poderoso. Feito o gás...
É consistente e doce. Feito o mel...
Para Natty apos ver a homenagem que ela dedicou à sua mãe em www.fotolog.net/nattygreff
Carinho de mãe nada/ninguém copia...
Carinho de mãe faz pegar no sono...
Carinho de mãe é feito poesia
Espantando a tristeza e o abandono...
Carinho de mãe é boa companhia.
É feito a luz do sol tocando a pele:
A gente nem percebe, mas vicia,
Ainda que não confesse nem revele...
Carinho de mãe é mais que o infinito.
É muito mais gostoso e mais bonito
Que o por do sol avermelhando o céu...
Carinho de mãe é tudo. Nada é mais.
É leve e poderoso. Feito o gás...
É consistente e doce. Feito o mel...
2 de novembro
Versos incidentais de Curuminha, de Chico Buarque e de Essa Rua, domínio publico.
Cantos de ontem que os dias levaram
Prum tempo que se chama nunca mais...
Vozes que eram e que se calaram,
Lembranças de ontem que o dia traz...
Vozes que, serenas, cantarolaram,
Que nos mostraram como é que se faz,
Vozes que partiram, vozes que deixaram
O coração com essa dor sem paz,
Cenas que o tempo fez tornar saudade,
Que deram de morar na eternidade,
Num bosque que se chama solidão...
Se fosse permitido, eu revertia o tempo,
Mudava as cores do pensamento
Pra não deixar mais doer o coração...
Versos incidentais de Curuminha, de Chico Buarque e de Essa Rua, domínio publico.
Cantos de ontem que os dias levaram
Prum tempo que se chama nunca mais...
Vozes que eram e que se calaram,
Lembranças de ontem que o dia traz...
Vozes que, serenas, cantarolaram,
Que nos mostraram como é que se faz,
Vozes que partiram, vozes que deixaram
O coração com essa dor sem paz,
Cenas que o tempo fez tornar saudade,
Que deram de morar na eternidade,
Num bosque que se chama solidão...
Se fosse permitido, eu revertia o tempo,
Mudava as cores do pensamento
Pra não deixar mais doer o coração...
Seu coração
Para minha amiga Carla (www.fotolog.net/anginhaa)
Seu coração é o sol ao meio dia,
Água que brota da fonte de água boa,
Você e mais certeira que poesia
De Chico, de Bandeira, de Pessoa...
É livre, como a lua quando brilha,
É leve, como um pássaro quando voa,
É soberana, feito a Estrela-guia,
É suave, como a mão quando abençoa,
Prudente, porque sabe aonde é que pisa,
Você possui a discrição da brisa
E a estabilidade da canoa...
A sua elegância desestabiliza...
Você me desarruma e me organiza,
Por isso, às vezes, sonho, rindo a toa...
Para minha amiga Carla (www.fotolog.net/anginhaa)
Seu coração é o sol ao meio dia,
Água que brota da fonte de água boa,
Você e mais certeira que poesia
De Chico, de Bandeira, de Pessoa...
É livre, como a lua quando brilha,
É leve, como um pássaro quando voa,
É soberana, feito a Estrela-guia,
É suave, como a mão quando abençoa,
Prudente, porque sabe aonde é que pisa,
Você possui a discrição da brisa
E a estabilidade da canoa...
A sua elegância desestabiliza...
Você me desarruma e me organiza,
Por isso, às vezes, sonho, rindo a toa...
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