Como se fosse
Eu faço verso como quem esbarra
Num balde d'água, lavando o chão
Do corredor,
Da sala,
Da varanda,
Do quarto,
Do interior do coração...
Eu faço verso como quem pesca...
Como quem lança o anzol e a isca ao mar...
Eu nunca sei
Que forma,
Conteudo,
Som,
Palavra,
Idéia
Eu vou pescar...
31.10.03
26.10.03
Nova Súplica ao Poema
Trazei-me, Poesia, a boaventura...
A que há em toda parte e falta em mim...
Contaminai-me com a tua alma pura...
Com teus caminhos cheios de sim...
Banhai-me, Poesia, com a ternura,
Daquelas ternuras que não tem fim...
Como se fosse uma infusão que cura...
Gosto de fruta... Cheiro de alecrim...
E fica, assim, comigo, poesia...
Clareza misturada à luz do dia...
Delicadeza misturada ao vento...
Cuida de mim como quem cuida a cria...
Fica comigo e em minha companhia...
Descansa e brinca no meu pensamento...
Trazei-me, Poesia, a boaventura...
A que há em toda parte e falta em mim...
Contaminai-me com a tua alma pura...
Com teus caminhos cheios de sim...
Banhai-me, Poesia, com a ternura,
Daquelas ternuras que não tem fim...
Como se fosse uma infusão que cura...
Gosto de fruta... Cheiro de alecrim...
E fica, assim, comigo, poesia...
Clareza misturada à luz do dia...
Delicadeza misturada ao vento...
Cuida de mim como quem cuida a cria...
Fica comigo e em minha companhia...
Descansa e brinca no meu pensamento...
19.10.03
O Poema
Revisado
Quando estou triste o poema me alimenta...
Desesperado, o poema me contém...
Se estou carente, o poema me sustenta...
Quando estou mal o poema me faz bem...
Se o dia é feio, o poema o reinventa...
Se falta todo mundo, o verso vem...
A minha garrafinha de agua benta...
Meu lugarzinho no trem...
Quando estou bem, o poema me acalanta...
Feliz da vida, o poema é quem me traz...
Se estou em paz, a palavra se agiganta...
Se estou mais leve, a palavra me refaz...
Se tudo em volta é luz, o verso canta...
Se tudo é só sorriso, o verso é mais...
O meu tapete voador... Meu mantra...
Meu pedacinho de paz...
Revisado
Quando estou triste o poema me alimenta...
Desesperado, o poema me contém...
Se estou carente, o poema me sustenta...
Quando estou mal o poema me faz bem...
Se o dia é feio, o poema o reinventa...
Se falta todo mundo, o verso vem...
A minha garrafinha de agua benta...
Meu lugarzinho no trem...
Quando estou bem, o poema me acalanta...
Feliz da vida, o poema é quem me traz...
Se estou em paz, a palavra se agiganta...
Se estou mais leve, a palavra me refaz...
Se tudo em volta é luz, o verso canta...
Se tudo é só sorriso, o verso é mais...
O meu tapete voador... Meu mantra...
Meu pedacinho de paz...
17.10.03
Voce é assim
Poema revisado.
Ao rever alguns poemas escritos há algum tempo, encontrei este.
O que a principio era só uma cantada ganhou um verso no final que acaba sendo um elogio e uma defesa da amamentação.
Eis ai duas das varias funções do aleitamento que não estão nos livros.
A cantada.
E o poema.
E cada vez que se estudar esse tema, a amamentação, e se propuserem novos angulos de visão e entendimento de sua complexidade, ainda assim a cantada e a poesia surpreenderão os que consideravam o assunto esgotado.
Aos bebes, às suas nutrizes e a seus particisuperpais meu agradecimento e minha poesia...
Ou quasepoesia...
Mais deliciosa que escrever poesia.
Mais limpa do que a voz de João Gilberto.
Voce é mais gostosa que a Bahia.
Mais clássica que um Lawrence no deserto...
Mais fotogenica que o Rio Guaiba.
Mais delicada do que chuva fina.
Melhor do que um forró na Paraiba.
Taquicardiza mais que a adrenalina.
Mais firme do que o som de Luiz Gonzaga.
Melhor do que escutar Chico cantando.
Bem mais desconcertante que Ipanema.
Possui mais poesia que Passargada.
Mais vida que um bebe amamentando.
Por isso é que eu te fiz esse poema.
Poema revisado.
Ao rever alguns poemas escritos há algum tempo, encontrei este.
O que a principio era só uma cantada ganhou um verso no final que acaba sendo um elogio e uma defesa da amamentação.
Eis ai duas das varias funções do aleitamento que não estão nos livros.
A cantada.
E o poema.
E cada vez que se estudar esse tema, a amamentação, e se propuserem novos angulos de visão e entendimento de sua complexidade, ainda assim a cantada e a poesia surpreenderão os que consideravam o assunto esgotado.
Aos bebes, às suas nutrizes e a seus particisuperpais meu agradecimento e minha poesia...
Ou quasepoesia...
Mais deliciosa que escrever poesia.
Mais limpa do que a voz de João Gilberto.
Voce é mais gostosa que a Bahia.
Mais clássica que um Lawrence no deserto...
Mais fotogenica que o Rio Guaiba.
Mais delicada do que chuva fina.
Melhor do que um forró na Paraiba.
Taquicardiza mais que a adrenalina.
Mais firme do que o som de Luiz Gonzaga.
Melhor do que escutar Chico cantando.
Bem mais desconcertante que Ipanema.
Possui mais poesia que Passargada.
Mais vida que um bebe amamentando.
Por isso é que eu te fiz esse poema.
13.10.03
O Coração
O Coração tem um sereno jeito... Fado Tropical/Chico Buarque-Ruy Guerra
O Coração tem um sereno jeito
E ao mesmo tempo um jeito intempestivo...
Vive buscando achar o amor perfeito
Enquanto perde-o, mesmo sem motivo...
O Coração, Nação sem preconceito...
Incoerente... Persuasivo...
Ao mesmo tempo que vai dentro do peito
Se atira ao mundo, quase obsessivo...
O Coração, com seu jeito sereno,
É feito o soro contra o veneno,
É o que há por trás de toda conclusão...
Sereno jeito, Coração insano,
Que busca o céu e que é tão leviano...
Terra misteriosa, o Coração...
O Coração tem um sereno jeito... Fado Tropical/Chico Buarque-Ruy Guerra
O Coração tem um sereno jeito
E ao mesmo tempo um jeito intempestivo...
Vive buscando achar o amor perfeito
Enquanto perde-o, mesmo sem motivo...
O Coração, Nação sem preconceito...
Incoerente... Persuasivo...
Ao mesmo tempo que vai dentro do peito
Se atira ao mundo, quase obsessivo...
O Coração, com seu jeito sereno,
É feito o soro contra o veneno,
É o que há por trás de toda conclusão...
Sereno jeito, Coração insano,
Que busca o céu e que é tão leviano...
Terra misteriosa, o Coração...
9.10.03
8.10.03
4.10.03
Desencontrado
A poesia, sem contar, saiu
Levando os versos que eu tinha pra escrever...
Deixou meu coração cheio de estórias
Mas sem palavras de poder dizer...
Quando o verso vai embora a alma fica
Como um navio quando se perdeu...
Estou sentado... Beira do porto...
Espero a volta do verso que era meu...
A poesia, sem contar, saiu
Levando os versos que eu tinha pra escrever...
Deixou meu coração cheio de estórias
Mas sem palavras de poder dizer...
Quando o verso vai embora a alma fica
Como um navio quando se perdeu...
Estou sentado... Beira do porto...
Espero a volta do verso que era meu...
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